MEIGA MENINA

Sou apenas menina.

E minhas mãos pequeninas

Não conseguem agasalhar uma estrela

Que adormeceu numa açucena

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Canto uma melodia que comove a alma

Sossega aos pouquinhos, acalma.

Seguro uma borboleta enfim

Interrompendo o voo sagrado do Sem Fim

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E um raio de sol brinca na face corada

Cintila em meus cabelos vermelhos.

Murmura que sou amada

Sorrio comigo, tímida porém animada

Na verdade sou valente

Uma menina adolescente que ousa ser diferente

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Hoje por exemplo me abraço com o vento, adormeço.

E meu sonho é etéreo

Em meu mundo não há mistério;

tudo é essencialmente transparente, belo...

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Iveti Specorte

Poesia dedicada a menina Betinha